domingo, 23 de maio de 2010

Mapeando caminhos nas pesquisas

Estamos diante de um processo de intensas alterações cotidianas impulsionadas pelas Tecnologias de Comunicação e de Informação [TIC’S]; um oceano de informações que se modificam a cada segundo, transformações na cultura, nos modos de comunicação e de interação acelerados pelos avanços tecnológicos. Isso requer uma constante reflexão, bem como uma necessidade de estarmos atendos para não nos perdemos nesse universo de dados.Tais transformações nos conduzem a reflexões e intervenções sem ao menos sabermos para onde estamos indo. Como podemos pesquisar? Como intervir no campo da educação? Neste contexto, “novos textos” se desenham entre as falas e as escritas que observamos em nosso dia a dia.
Estamos frente a um oceano fluido de informações, passamos a buscar outras possibilidades de conexões com os conhecimentos que se apresentam a todo instante. Urgem necessidades para construirmos mapas que nos apontem possibilidades para que compreendamos tais cartografias; e, assim, tenhamos um mínimo de condições e de possibilidades para que possamos intervir nos novos caminhos de aprendizagens que o contemporâneo constrói.
Emergem informações e apelos às novidades tão luminosas e velozes ... “corremos os olhos” sobre elas. Como lidar com este novo cenário? São tantas as informações recebidas em nosso dia a dia que as “liquificamos”, não sobra um rastro, um caminho. O que resta são pulverizações, fragmentos de multiplicidades de informações Quando olhamos o nosso contorno percebemos que não há um caminho, mas possibilidades de caminhos.
Não há pegadas que resistam a um solo tão fluido. Isso nos causa um cansaço, um vazio que nos produz dúvidas e indagações: como pesquisar?
há uma quantidade inassimilável de informações, há necessidade de atualização constante e a diversidade de dados mostra que “dominar um assunto” não é mais deter todas as informações,mas , sim saber onde e como encontrá-las.
Neste sentido, a idéia de mapear a informação, traçar rotas, selecionar e articular o que é relevante seja uma das possibilidades de se fazer pesquisa hoje. Saber trilhar onde não há pegadas é o desafio.

rosária sperotto

3 comentários:

  1. "O que interessa não é saber mais; é saber o que mais interessa." Refletir sobre pesquisa é conjecturar sobre um bom problema e conseguir defendê-lo como tal: "reduzir as ilusões à pó"

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  2. Fomentos do viver humano... Por que pesquisar?

    Certa palavra dorme na sombra
    de um livro raro.
    Como desencantá-la?
    É a senha da vida,
    a senha do mundo.
    Vou procurá-la.
    Vou procurá-la a vida inteira
    no mundo todo.
    Se tarda o encontro, se não a encontro,
    não desanimo,
    procuro sempre.
    Procuro sempre, e minha procura
    ficará sendo
    minha palavra.

    Carlos Drummond de Andrade

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